_ Contorne os obstáculos da vida com a força do amor!

domingo, 25 de outubro de 2009

A bailarina do mar

Era uma vez uma menina que vivia no mar e que morava numa gruta feita de corais de mil cores. Tinha um jardim com areia fina, branca e com umas plantas azuis, amarelas e roxas.
Ela foi convidada para ir dançar num grande festival de dança. O polvo, o caranguejo, o peixe e o menino que se chamava Tomás estavam lá todos para a ver dançar.
- Ela desta vez está a dançar tão bem, que só apetece ficar a vê-la para sempre - comentou o Tomás.
Mas o festival já ia acabar por isso decidiram todos entregar um prémio à melhor bailarina. Então o Rei dos Mares chamou:
- Menina do Mar, tu és a nova bailarina do mar, este é o teu prêmio.
E desde então todas as noites ela dava sempre um passeio pelo mar e nesse passeio não havia ninguém que não lhe pedisse para dançar. Até que um dia ela decidiu dar uma enorme festa, convidou todos os animais do mar.
Ao fim da festa foram todos para casa muito felizes. Então a Menina do Mar passou a ensinar os peixinhos a dançar.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Dança comigo?

Dança comigo, segura minha mão
Estremeço
Me deixo conduzir por você e pela música
Precisão de movimentos numa linguagem poética
Dança comigo, expressando emoções que invadem o corpo, desnudam a alma
Me puxa assim, e envolve meu corpo, gesto que seduz
Faz com que nossos corpos se aproximem
Seu olhar seduzindo-me nos acordes dos seus carinhos
Suavemente coloca minha cabeça em seu peito
Me aperta em teu coração, respiro teu perfume exalando sensualidade e hipnotizando –me
Delicia sentir sua mão espalmada em minhas costas nuas
Perco a noção, me entorpece quando desenha a linha da coluna.
Dança comigo
Me sinta
Deixa a música da minha ternura, ser a sinfonia da sua alma
Não quero abrir os olhos, deixe que este momento seja eterno
A boca procura meu pescoço, a voz rouca ao ouvido, enlouqueço
Vem dançar
Fecho os olhos enquanto me beija em silêncio
Te desejo
E continuo dançando, seduzida pelas carícias, e suspiros
Não apresse esta hora mágica
Vem, dança comigo
Até à eternidade do nosso sonhar
Até a música acabar
Ou até aonde o amor for capaz de nos levar
Dança comigo

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A dor que dói mais

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

Martha Medeiros

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Cidade de prédios, carros e chuva

São Paulo, a cidade do engarrafamento. É incrível visitar uma cidade onde não há pontos turísticos e, aonde quer que vá, usa-se meio de transporte. Em plena primavera, frio de 14º.
Muito bom e interessante se visitar cidades do Brasil, ver as maravilhas que esse país pode nos oferecer. Mas é indispensável dizer que existem alguns lugares não nos apresentam nada de mais nas nossas visitas. E São Paulo é uma delas.
Engarrafamento em qualquer horário do dia. Lugares cheios, filas imensas. As pessoas não são simpáticas, e os atendentes das lojas não nos tratam com tanta educação.
Não é como no Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa, que as pessoas são extrovertidas e distribuem sorriso na maioria dos lugares.
Rio de Janeiro é o melhor lugar de se viver. De todas as visitas que fiz em vários estados desse Brasil, posso confirmar que não existe lugar mais bonito, pessoas mais simpáticas e clima mais agradável como o Rio. Em Curitiba e em Santa Catarina, as pessoas são extremamente reservadas e não são nem um pouco prestativas. Em Rondônia as pessoas são... sem graça! Não são como no Rio nem são como em Curitiba. São pessoas que ficam na sua, não acham nada de ninguém nem se interferem muito na vida do outro. São Paulo é a cidade da correria. Nada acontece. E falam muito errado! Lamentável. Minas Gerais são todos muito quietos, porém, muito fofoqueiro também. Principalmente no interior do estado.
Repito: Bom mesmo é o Rio. Pessoas agradável, amigáveis, clima, na maioria das vezes, perfeito. Sol, praias com uma beleza indescritível, muita conversa, muitos bares para um chopp num fim de tarde ensolarado. Aquelas senhoras sentadas em frente às suas casas, falando da vida alheia. Um trânsito indispensável nos horários de pico, mas nada comparado a cidade dos engarrafamentos. Aquele futebol no sábado a tarde e, depois, aquela noitada perfeita. E aquela praia no domingo, para terminar a semana perfeitamente bem.
Mas apesar de tudo, o Rio de Janeiro continua lindo!