_ Contorne os obstáculos da vida com a força do amor!

domingo, 28 de março de 2010

Geração "Friends"

Toda geração tem as suas particularidades.

A minha geração é um grande limbo. Nossos pais não sabiam ainda se nos proibiam de sair à noite na adolescência por causa do sexo ou por causa das drogas. Mas proibiam. Nossos professores não sabiam se podia jogar apagador nos alunos ou se tinham que dialogar. Mas ainda eram figuras de autoridade. Fomos preparados para trabalhar CLT, bonitinho, e aposentar na mesma empresa após 40 anos de serviços prestados. E a realidade mudou no meio do caminho. Conhecemos as maravilhas dos jogos eletrônicos quando éramos crianças (Lembra do Atari? E dos comandos de DOS para acessar os jogos no XT?), aprendemos a magia e os perigos da internet quando éramos adolescentes. Quem se lembra de ficar esperando dar meia-noite para poder pagar um pulso só para ficar a madrugada toda "teclando" no mIRC? E quem programou o próprio script para personalizar o seu mIRC? E quando apareceu "www" e tudo ficou moleza?

Vimos transformações no mundo e muitos de nós não estávamos preparados para isso. Quem se adaptou, está bem. Quem ficou preso entre modelos ultrapassados e modelos que ainda não se haviam estabelecido, continua perdido.

Dos perdidos, chamo de geração "Friends". Sim, do seriado de televisão. Somos eternos adolescentes, fingindo que somos adultos, mas sem conseguir, porque nosso modelo está deslocado. Somos pessoas que estão se adaptando a um novo modelo, seja ele qual for, mas ainda não temos segurança para assumi-lo de vez. E também somos pessoas que não possuem independência financeira para se bancar sozinho. Nem economicamente, nem emocionalmente. Somos a geração depois do self-made man. Muitos de nós moram com os pais e lá pretendem ficar até que sejam obrigados a mudar de status. Alguns se casam porque parece ser a única alternativa para sair da casa dos pais. E aqueles que não querem nem um nem outro, vão morar com amigos. Daí minha analogia com o seriado.

;D

terça-feira, 23 de março de 2010

Sutil diferença de amor e paixão

Não confundir o amor com a paixão dos primeiros momentos, que pode desaparecer. O verdadeiro carinho cresce na medida em que os dois estão mais unidos, porque partilham mais.
Mas, para partilhar, é preciso dar.
Dar é a chave do amor. Amor significa sempre entrega, dar-se ao outro.
Só pelo sacrifício se conserva o amor mútuo, porque é preciso aprender a passar por alto os defeitos, a perdoar uma e outra vez, a não devolver mal por mal, a não dar importância a uma frase desagradável.
Por isso o amor também significa exceder-se, fazer mais do que é devido.
E a paixão.. Dizem que a paixão dá e passa. Na verdade, ela só passa quando matado o desejo de estar, pelo menos por um momento, com a pessoa que está apaixonada.

terça-feira, 16 de março de 2010

Dança é vida!

A vida é como a dança
Nessas andanças e mudanças, a gente dança, a gente vive, a gente sonha, a gente improvisa e a gente cresce
Qualquer lugar vira palco.
E a hora do show é, sem mais nem menos, o agora
O improviso é contínuo
Há giros, há saltos, há técnica, há emoção!
Ao mesmo tempo também há tropeços, há desequilíbrios, há esquecimentos e algumas vezes, decepção...
Para quem danço?
Nem eu sei...
Mas eu continuo a dançar, pois de uma coisa eu tenho certeza:
Ela alegra a minha alma
Às vezes as pessoas me aplaudem, outras vezes, não
A vida me dita o ritmo, que oscila
Ela vai, volta, brinca comigo, me engana...
Mas eu sigo o compasso...
Eu o busco sempre
Enquanto houver vida, há música....
E há dança!
Por ora danço rápido
Por ora danço devagar
Por ora danço sozinha
Por ora posso dançar na companhia de alguém
A sintonia em dançar a dois é perfeita
Nos entendendo, nós dançamos juntos
Se não nos entendemos, nós erramos juntos
A dança é facilmente compartilhada a dois!
A sintonia em dançar a dois, é perfeita, assim como o amor
A dança é como uma linguagem universal...
Um instinto natural
Mas claro! Na verdade, já nasceu dentro de nós
Todos somos bailarinos da vida
Mas saiba que meus passos são únicos
Ninguém dança como eu
Meus movimentos são só meus, assim como os seus...
Eles têm o jeito e a forma de quem os cria e tem o sentimento de quem os comanda, em cada momento distinto
Por isso eu vivo, quer dizer, eu danço, sempre, com o coração repleto de muito amor!

quinta-feira, 11 de março de 2010

O contrário do Amor

O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.

O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.

Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.

Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.

Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.